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Quando Jesus libertou a mulher. Artigo de Enzo Bianchi

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09 Novembro 2016

"O exemplo de Jesus no encontro com a mulher adúltera é pouco compreendido e ainda menos vivido, mas, mesmo assim, ficou memorizado no Evangelho, e sempre haverá leitores que encontrarão nele uma boa notícia."

O jornal La Repubblica, 08-11-2016, publicou um trecho do novo livro Gesù e le donne [Jesus e as mulheres] (Ed. Einaudi), do monge italiano Enzo Bianchi, fundador e prior da Comunidade de Bose.

A tradução é de Moisés Sbardelotto. 

Eis o texto. 

"Jesus foi para o monte das Oliveiras. Ao amanhecer, ele voltou ao Templo, e todo o povo ia ao seu encontro. Então Jesus sentou-se e começou a ensinar. Chegaram os doutores da Lei e os fariseus trazendo uma mulher, que tinha sido pega cometendo adultério. Eles colocaram a mulher no meio e disseram a Jesus: ‘Mestre, essa mulher foi pega em flagrante cometendo adultério. A Lei de Moisés manda que mulheres desse tipo devem ser apedrejadas. E tu, o que dizes?’ Eles diziam isso para pôr Jesus à prova e ter um motivo para acusá-lo. Então Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo. Os doutores da Lei e os fariseus continuaram insistindo na pergunta. Então Jesus se levantou e disse: ‘Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra.’ E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, eles foram saindo um a um, começando pelos mais velhos. E Jesus ficou sozinho. Ora, a mulher continuava ali no meio. Jesus então se levantou e perguntou: ‘Mulher, onde estão os outros? Ninguém condenou você?’ Ela respondeu: ‘Ninguém, Senhor’. Então Jesus disse: ‘Eu também não a condeno. Pode ir, e não peque mais’." (Jo 8, 1-11, trad. Bíblia Pastoral)

Esse trecho conhecido teve um destino muito particular, que atesta o seu caráter escandaloso e embaraçoso: de fato, ele foi "censurado" pela Igreja! Está ausente nos manuscritos mais antigos, é ignorado pelos padres latinos até o século IV, durante cinco séculos não foi proclamado na liturgia e não existem comentários a ele por parte dos padres gregos do primeiro milênio.

Ao término de um longo e turbulento migrar entre os manuscritos, ele foi inserido no Evangelho segundo João, depois do sétimo capítulo e antes do versículo 15 do oitavo. Não é uma cena incomum: muitas vezes, os Evangelhos anotam que os adversários de Jesus tentam colocá-lo em contradição com a Lei de Deus, para poder acusá-lo de blasfêmia, de desobediência ao Deus vivo.

Para aqueles escribas e fariseus, na realidade, a mulher não lhes importava nada; para eles, era importante encontrar motivos de condenação contra Jesus: eles não queriam apedrejar a adúltera, mas apedrejar Jesus! Esses homens religiosos irrompem na audiência de Jesus, levante diante d’Ele uma mulher pega em flagrante adultério, colocam-na no meio de todos e se apressam a declarar: "Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar mulheres como essa".

Tal declaração parece formalmente impecável, porque cita a Lei; a um olhar atento, porém, capta-se que o seu recurso à Torá é parcial. A Lei, de fato, previa a pena de morte para ambos os adúlteros e atestava a mesma pena, mediante apedrejamento, enquanto, se já fossem casados, então se recorria ao estrangulamento.

Porém, é altamente significativo que apenas ela tenha sido capturada e levada diante de Jesus, enquanto o homem que cometeu adultério com ela e, de acordo com a Lei, é tão culpado quanto ela não é nem imputado nem levado a julgamento!

Tentemos nos deter por um momento nessa cena. Há alguns que levaram uma mulher a Jesus, para que seja condenada. Mas Jesus começa a responder aos acusadores falando com o corpo, não com palavras: inclina-se, abaixando-se, rompe o círculo da "violência mimética" (René Girard), despedaça a cara a cara com aqueles fariseus e põe-se a escrever no chão, em absoluto silêncio.

Da posição de quem está sentado, Ele passa para a de quem se inclina para o chão; além disso, desse modo, se inclina diante da mulher que está de pé diante d’Ele! No entanto, como os acusadores insistem em interrogá-Lo, depois daquele longo e, para eles, desconfortável silêncio preenchido apenas pela sua mímica profética, Jesus se levanta e não responde diretamente à questão que lhe foi feita, mas faz uma afirmação que contém em si mesma também uma pergunta: "Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra". Depois, inclina-se de novo e volta a escrever no chão.

Assim, uma palavra de Jesus, uma única palavra, mas incisiva (a ponto de ter se tornado proverbial) e autêntica, uma daquelas perguntas que nos agitam e nos fazem ler em profundidade a nós mesmos, impede que aqueles homens façam violência em nome da Lei. Só Deus e, portanto, só Jesus poderia condenar aquela mulher.

Pois bem, aqui, Jesus – que se me permita dizer – "evangeliza" Deus, isto é, torna Deus Evangelho, boa notícia para aquela mulher. Jesus, o único homem que narrou Deus em plenitude, que foi a Sua exegese viva, afirma que, diante do pecador, da pecadora, Deus tem apenas um sentimento: não a condenação, não o castigo, mas o desejo de que se converta e viva.

Jesus, enviado por Deus "não para condenar o mundo, mas para salvar o mundo", aqui também, age como tinha anunciado no início do Seu ministério: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores".

Somente quando todos foram embora, Ele se levanta e se coloca diante da mulher. Ela, posta ali de pé no meio de todos, agora é finalmente restituída à sua identidade de mulher e vê Jesus de pé diante de si: assim, é possível o encontro verdadeiro.

Por fim, Jesus conclui esse encontro com uma afirmação extraordinária: "Eu também não a condeno. Pode ir, e não peque mais". São palavras absolutamente gratuitas e unilaterais.

Eis a gratuidade dessa absolvição: Jesus não condena, porque Deus não condena, mas, com esse seu ato de misericórdia preventiva, oferece à mulher a possibilidade de mudar.

Não sabemos se essa mulher perdoada, depois do encontro com Jesus, mudou de vida; sabemos apenas que, para que ela mudasse de vida e voltasse a viver, Deus, que não quer a morte do pecador, perdoou-a através de Jesus e a enviou para a liberdade: "Vá, vá para você mesma e não peque mais"...

As pessoas religiosas gostariam que, nesse ponto, Jesus tivesse dito à mulher: "Você se examinou? Sabe o que fez? Compreende a gravidade disso? Está arrependida da sua culpa? Detesta-a? Promete que não vai mais fazer isso? Está disposta a sofrer a pena justa?".

Essas omissões nas palavras de Jesus escandalizam ainda, hoje como ontem! Nenhuma condenação, apenas misericórdia: aqui está a grandeza e a unicidade de Jesus. Esse encontro entre Jesus e a mulher surpreendida em adultério não nos revela apenas a misericórdia de Jesus, mas também a Sua capacidade de defender a mulher de um círculo de homens, sempre prontos para justificar a si mesmos e condenar as mulheres.

Infelizmente toda a história dos fiéis, da antiga como da nova aliança, testemunharia esse "olho espião, exigente e condenador" dos homens religiosos contra as mulheres, consideradas culpadas pela sua condição – dizem os homens – de criaturas sempre tentadoras e fáceis à tentação.

Esse exemplo de Jesus seria pouco compreendido e ainda menos vivido, mas, mesmo assim, seria memorizado no Evangelho, e sempre haverá leitores que encontrarão nele uma boa notícia.

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